O Ambiente Tóxico e o Impacto na Cabeça dos Miúdos

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Nesta vida de reviravoltas constantes, a saúde mental das nossas crias é como uma viagem atribulada num mar de incertezas. A pandemia, as guerras cada vez menos longínquas e as imagens brutais que nos bombardeiam sem cessar pelos ecrãs tornaram-se uma realidade perturbadora para os mais pequenos. E nós, pais, não podemos ignorar o impacto que tudo isto tem na cabecinha deles.

As criancinhas são como esponjas emocionais, absorvem tudo à sua volta como se fosse uma esponja a ficar encharcada. E que não existam dúvidas: o que as rodeia não anda lá muito tranquilizador. Notícias a toda a hora sobre crises, doenças, conflitos e calamidades podem semear o medo e a insegurança nas suas personalidades em formação. As imagens perturbadoras que inundam os ecrãs dos nossos lares podem até deixar cicatrizes emocionais difíceis de apagar. É essencial estarmos de olho bem aberto para detetar os sinais de que a saúde mental dos nossos rebentos está a dar sinais de mau tempo. Mudanças de comportamento, insónias, queixas de dores de cabeça ou de barriga sem motivo aparente, são como as luzinhas de alerta que nos indicam que algo não está bem.

Nessas alturas, não podemos perder tempo. É hora de procurar ajuda! Um psicólogo infantil pode ser como um porto seguro numa tempestade, protegendo as crianças de águas turbulentas, a compreenderem as suas emoções e a desenvolverem estratégias para enfrentar o mar revolto.

Mas nem tudo são ondas gigantes e trovoadas. Há coisas que podemos fazer para acalmar as águas e manter os nossos filhotes a flutuar através de atitudes como a conversação aberta. Criando um ambiente onde eles sintam que podem confidenciar, é como abrir uma janela num quarto escuro. A comunicação é a tábua de salvação. Não esquecer que a redução da exposição a notícias alarmantes e imagens chocantes poderá ser o tirar de um peso dos ombros deles. Afinal, não há necessidade de carregar o mundo inteiro às costas.

As rotinas estáveis e previsíveis podem ser um abraço apertado num momento de aflição. Dá-lhes segurança e conforto num mundo que parece estar sempre a mudar. Não esquecer as atividades que os ajudem a encontrar paz interior, como brincar ao ar livre, ler histórias ou fazer exercício físico, é como acender uma luzinha de esperança num dia cinzento.

Devemos ser um exemplo de calma e resiliência, mostrando-lhes como enfrentar os desafios com coragem e determinação, é como abrir-lhes a porta para um futuro mais tranquilo.

Nestes tempos de incerteza, a saúde mental dos nossos filhos é o tesouro mais precioso que temos. A pandemia e as crises globais podem lançar-lhes tempestades, mas nós, pais, podemos ser os faróis que os guiam até ao porto seguro. Com amor, atenção e ação, podemos ajudá-los a navegar por estas águas agitadas com coragem e resiliência.

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