O propósito do sentido: metas, evolução e novos ciclos

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A aparente redundância neste título denota a dificuldade em refletir sobre conceitos considerados primordiais num primeiro relance. No entanto, esta redundância pode ser vista como a mais pura representação da concretização no mundo real do tão afamado, mas abstrato, conceito de sentido de vida. Ao transferirmos este do abstrato para o concreto, uma das suas possíveis manifestações é a vontade de deixar um legado. Para realizar essa vontade, é preciso algo tangível, algo real. A mais comum realização do legado é biológica – gerar descendência. É uma salvaguarda de que imprimimos a nossa marca no mundo e, mesmo após a morte, alguém nos levará na memória; o desejo de sermos relembrados está representado também nas nossas campas – é um objeto, palpável e visível, que permanecerá assim durante gerações, levando o nome da pessoa que faleceu até à eternidade. Esta revista nada mais é do que isso – a representação de um desejo de concretizar e de conferir sentido à vida.

A motivação (ou o propósito) de quem dirige e colabora na revista é largamente heterogéneo – varia desde a mais sincera decantação de anos de introspeção até algo como uma decisão benéfica e natural para o seu currículo profissional. É algo real, tangível e que ficará para toda a eternidade. No entanto, não só a revista como produto digital interessa. O desejo do legado está presente na edificação da revista e no abrigo que esta proporciona. Construída com largas horas de trabalho, ambição, stress, telefonemas, mensagens, choros, sorrisos, orgulho, honra, raiva, frustração, medo, vergonha e alegria, com o propósito de criar um espaço livre de quaisquer imposições ao discurso e ao pensamento, protegido de quaisquer influências ideológicas.

O primeiro artigo foi publicado a 16 de março de 2023 e, desde esse, mais 98, advindos de 30 autores que se sentiram livres para se expressar no abrigo que lhes proporcionámos. Entre estes autores estão pessoas que, tendo publicado o primeiro artigo de opinião connosco, conseguiram o impulso que precisavam para publicar em jornais de maior dimensão. Estão connosco também autores já solidificados na comunicação portuguesa que viram uma nova casa neste espaço verdadeiramente apolítico. Com isto, e apesar de ainda longe do que ambicionamos, dormiremos descansados com a certeza de que já contribuímos para a potencialização do pensamento crítico dos nossos mais de 4 mil leitores nas suas mais de 11 mil leituras.

Findado 2023, a Reconhecer o Padrão espera que em 2024 estes números dupliquem e que muitas mais melhorias surjam com o apoio da nossa equipa de editores, marketers, web developers, designers e gestores de projeto, que já totalizam 21 pessoas empenhadas em fazer desta revista mais do que já o é. Terminamos com o típico, mas que não por isso menos sincero, agradecimento. Obrigado à equipa por garantirem no seu pós-laboral a maturação e o aprimoramento da revista, e obrigado aos autores por usarem o seu pós-laboral para contemplarem a atualidade e produzirem opiniões dignas e beneméritas para a sociedade, ultimamente conferindo propósito ao sentido. A revista segue para 2024 convicta da sua atual (e enorme potencial) contribuição para a esfera da opinião pública nacional, e reforça o seu compromisso de desvendar os padrões desta complexa realidade contemporânea.

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