O desenvolvimento profissional dos trabalhadores é da responsabilidade do líder. No actual ambiente empresarial, o talento torna-se o grande diferenciador profissional entre as pessoas. E desenvolver esse talento é um dos motores mais importantes que potencia o envolvimento das pessoas nas suas funções o que, por sua vez, será a chave para o sucesso do negócio expresso nos resultados que procuramos enquanto gestores: faturação, rentabilidade, inovação, produtividade, fidelização de clientes, qualidade e redução de tempos de ciclo produtivos.
Mas a realidade do desenvolvimento profissional está a mudar muito em resposta ao novo contexto de negócios; deixou de ser o campo aberto de outros tempos. As pessoas esperam mais tempo até se reformarem. As sucessivas medidas de austeridade e emagrecimento conduziram a processos de esmagamento de margens muito acentuados, a restrições nos investimentos empresariais.
Recorre-se mais ao outsourcing. E todos esses fatores geram uma sensação de escassez deixando a impressão de que hoje em dia não há tantas oportunidades como houve no passado. Contudo, isso faz com que o desenvolvimento profissional dos trabalhadores dentro da própria empresa ou no mesmo posto, seja mais – e não menos importante do que foi no passado.
Ignorar o imperativo do desenvolvimento profissional é um perigo a que está sujeito enquanto gestor de pessoas.
Todos os dias, os trabalhadores que pensam que as suas carreiras não estão a receber a atenção que eles acham que merecem, tomam a decisão de sair. Alguns aceitam procurar emprego noutras empresas concorrentes ou não – que oferecem melhores oportunidades. Outros acham que o trabalho por conta própria encaixa melhor nas suas aspirações pessoais e iniciam uma série de projectos que acabam por se transformar no seu projeto pessoal de carreira que até pode concorrer com o seu.
Mas há outra situação igualmente perigosa que ocorre quando os trabalhadores não se sentem apoiados nas suas carreiras: quando se mantêm a trabalhar na organização e no posto actual, andam desmotivadas, sem sentido de compromisso e entusiasmo pelo seu trabalho.
Qual é o papel do líder? Não é apenas um, são muitos. E é mais fácil do que pensa. A qualidade do desenvolvimento de carreiras resume-se a ser capaz de manter um diálogo de qualidade, permanente e informal, sobre diversos aspetos das suas carreiras, em detrimento das reuniões formais de avaliação de desempenho previamente agendadas, ano após ano.
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