Liberalizar Coimbra: a ousadia que pode virar o jogo em 2025

“Durante demasiado tempo, os nossos concelhos viveram presos ao mesmo ciclo: rotinas, imobilismo e uma sucessão de caras repetidas, como se o poder fosse um direito adquirido. Talvez esteja na hora de quebrar essa lógica.”

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As eleições autárquicas de 2025 no distrito de Coimbra serão um momento importante para perceber se a política local pode, de facto, ser feita de outra forma. Durante demasiado tempo, os nossos concelhos viveram presos ao mesmo ciclo: rotinas, imobilismo e uma sucessão de caras repetidas, como se o poder fosse um direito adquirido. Talvez esteja na hora de quebrar essa lógica.

Não basta gerir a máquina. O desafio é maior: transformar a política local e mostrar que é possível governar com ambição, proximidade e responsabilidade.

Estratégias diferentes para realidades diferentes

O distrito de Coimbra tem concelhos muito distintos entre si — e é isso que exige soluções diferenciadas. Em alguns, faz sentido disputar o poder diretamente, com projetos próprios e confiança redobrada. Noutros, a coligação surge não como cedência, mas como forma de somar forças e criar alternativas reais.

Veja-se os casos de Soure e Tábua, onde só a união pode romper décadas de domínio socialista. Já em Montemor-o-Velho, Figueira da Foz ou Cantanhede, começa a existir espaço para uma alternativa liberal sólida e com identidade própria. E em Coimbra, a aposta passa por uma coligação forte, onde o contributo liberal pode ser decisivo para libertar todo o potencial da cidade.

Coimbra precisa de mais

É verdade que, em Coimbra, houve mudanças depois do marasmo socialista. Mas contentar-se com o “suficiente” pode ser o maior erro. A cidade tem condições para ser motor do Centro e competir com cidades europeias — se houver visão estratégica.

E essa visão passa por dar um salto em várias frentes ao mesmo tempo: simplificar processos e reduzir burocracia para libertar cidadãos e empresas; apostar numa verdadeira digitalização da autarquia, que a torne acessível no telemóvel, transparente e próxima das pessoas; criar condições para atrair investimento, emprego e inovação, em vez de sufocar quem quer empreender; valorizar o talento jovem e dar-lhe espaço para ficar, com oportunidades ligadas à ciência, à cultura e também ao desporto, entendido como motor de integração, saúde e ambição coletiva. Mais do que pensar em ciclos de quatro anos, é fundamental olhar para Coimbra, Figueira, Cantanhede, Soure, Tábua e Montemor com horizontes de 20 anos, definindo políticas que resistam ao calendário eleitoral.

A diferença liberal

O que distingue a Iniciativa Liberal (IL), neste contexto, é a ousadia de questionar o que parecia imutável. Novas ideias, pessoas motivadas e vontade de resolver problemas sem ceder a jogos de bastidores: essa pode ser a chave para mudar o rumo da política local.

As autárquicas de 2025 em Coimbra vão ser um teste importante. Não apenas para a IL, mas para todos os que acreditam que é possível fazer política de forma diferente — com mais liberdade e com olhos postos no futuro. Porque o distrito de Coimbra não precisa de esperar pelo amanhã: o futuro começa já.

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Celso Monteiro, 21 anos, natural de Montemor-o-Velho. Licenciado em História. Professor. Coordenador da Iniciativa Liberal Coimbra desde dezembro de 2023.

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