Em 2025, a revolução do 25 de abril de 1974 completa 51 anos. Isto significa que pessoas de 50 anos ainda não tinham nascido aquando deste acontecimento histórico. Quem tinha 10 anos nesse dia, hoje tem 60, e pouco se recorda do que foi a revolução. Estamos, por isso, a caminhar para uma era do esquecimento do significado do 25 de abril.
É importante relembrar que toda a liberdade a que temos acesso atualmente não existia antes da Revolução dos Cravos. Não poderíamos mandar mensagens a criticar o governo, nem discutir política nos cafés, nem realizar manifestações. Não podíamos ser nós próprios.
Mas será que os jovens têm consciência disso?
Pelo que se vê nas suas ações, como se comportam na vida real e como se manifestam nas redes sociais, a conclusão é: não, não têm. Como podem os jovens, e muitas pessoas adultas, apoiar ideias que prejudicam os outros seres humanos? Falta-lhes humanidade, mas, acima de tudo, falta-lhes empatia.
Empatia para terem consciência do que é que a outra pessoa sente ao agirem de um certo modo. Empatia para com quem não tem nada e arrisca ir para um país à procura de algo. Empatia com os filhos, com os pais, com os amigos e com todos os que nos querem bem, mas que se encontrem num mau momento. Se o 25 de abril da liberdade já ficou no esquecimento, que se faça o 25 de abril da empatia. Olhemos as pessoas nos olhos e abracemo-las. Façamos aos outros o que gostaríamos que nos fizessem a nós.