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No passado dia 7 de novembro e após 2902 dias como primeiro-ministro, António Costa apresentou a sua demissão ao Presidente da República, em resposta à divulgação pelo Ministério Público de que é alvo de investigação do Supremo Tribunal sobre o possível envolvimento em projetos de lítio e hidrogénio. No âmbito desta investigação, Costa enfrenta suspeitas de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político, tráfico de influência e prevaricação.

No entanto, ao longo de 2902 dias, António Costa deixou aos portugueses uma mão cheia de nada, o que fica é um primeiro-ministro caracterizado pela prática do populismo, pelo abuso do desconhecimento político da população e pela demagogia. Ao deixar o cargo de primeiro-ministro, deixa para trás uma cobertura insuficiente nos serviços públicos de saúde, habitação, educação e justiça, com mais de um milhão de utentes sem médico de família, uma escassez habitacional e crise sem precedentes, uma economia estagnada e escolas incapazes de renovar o corpo docente.

Além disso, a sua gestão foi marcada por uma justiça lenta e incapaz, uma desigualdade económica, social e intergeracional – com um desemprego jovem (15 aos 24 anos) elevado, atingindo os 17,2%. Ao longo dos anos, o Partido Socialista testemunhou mais de uma dezena de demissões e inúmeras polémicas, minando a credibilidade da atividade política em Portugal e dececionando aqueles que confiaram o seu voto no partido. Durante os 8 anos de governo socialista, Portugal tornou-se cada vez mais dependente dos fundos europeus, refletindo um investimento público fraco. Paralelamente, os portugueses tornaram-se mais dependentes do Estado, alimentando uma cultura de subsidiodependência que, embora assegure votos, resulta em falta de mão de obra e elevados custos para o Estado. A gestão da TAP é um exemplo notável: compra – investimento de 3200 milhões de euros pelo então ministro das infraestruturas Pedro Nuno Santos – seguido de venda, quando foi afirmado várias vezes no passado pelo primeiro-ministro que a TAP tinha que ser pública, revelando contradições e falta de coerência política.

É justo elogiar a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, que, após reuniões com partidos e Conselheiros de Estado, decidiu devolver a palavra ao povo em 10 de março de 2024, conforme prometido na posse de António Costa, caso este se demitisse. Preparam-se agora as eleições e, em 13 de novembro, testemunhámos o discurso de formalização da candidatura a secretário-geral do PS de Pedro Nuno Santos. No discurso, afirma: “Sou neto de sapateiro, cresci com desigualdade e injustiça.” Contudo, verifica-se que é filho de um empresário de sucesso e que em tempos alternou entre um Porsche 911 e um Maserati. Mais uma vez, tenta-se obscurecer a verdade e usar narrativas enganosas.

As intervenções de Pedro Nuno Santos reforçam a perceção de que não superará António Costa, sendo um populista e demagogo. Vale a pena examinar os feitos do candidato a secretário-geral do PS: a nacionalização da TAP e o investimento de 3200 milhões de euros pagos pelos contribuintes portugueses, a indemnização ilegal a Alexandra Reis de 500 mil euros e a falta de ação significativa na crise habitacional do país. Este é o principal candidato a secretário-geral do Partido Socialista.

Num momento crucial da história política portuguesa, é obrigatório olhar para o futuro com esperança e determinação. As adversidades do passado não devem ser um fardo, mas sim um impulso para a mudança. O povo português merece uma liderança comprometida com a transparência, a ética e o bem comum, tudo o que tem faltado nestes últimos 8 anos. É tempo de abraçar uma visão unida para construir um país mais próspero e equitativo. Valorizemos a participação cívica, a responsabilidade política e a colaboração entre os diversos setores da sociedade. Juntos, podemos superar desafios, fortalecer as instituições e construir as bases para um futuro mais promissor. Que esta próxima fase política seja marcada pela inovação, pela justiça social e pelo respeito pelas aspirações individuais.

Portugal, com a sua rica história e cultura, tem o potencial de se destacar como um farol de progresso e solidariedade. Vamos trabalhar coletivamente para traçar um caminho de crescimento, inclusão e resiliência. Neste momento de viragem, confiemos na capacidade do povo português para moldar um futuro onde os valores fundamentais da democracia, honestidade e prosperidade sejam as bússolas que orientam o país. A mudança está nas mãos de cada cidadão, e juntos podemos escrever um novo capítulo na história de Portugal, sem malabarismos, mas com seriedade e ambição.

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