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NÃO, NÃO BASTA A ESCOLA! TAMBÉM NÃO, PESSOAS NÃO SE AVALIAM COM NÚMEROS!

Livros, canetas, notas e calculadoras… tudo aquilo que um estudante mais gosta. Na verdade, duvido que goste, mas não duvido que não possa viver sem eles. Todos os que nos rodeiam, avós, pais e professores criaram a ideia de que estudar é o mais importante e não, não basta a escola, temos ainda de fazer os trabalhos de casa e estudar aos fins de semana. Porque um bom estudante resume-se a notas, a um número que reduz uma pessoa complexa a uma escala de 0 a 20.

Na vida todos são alunos e mesmo os que ensinam também aprendem. É isso que nos distingue dos animais, a nossa capacidade de aprendizagem, a nossa possibilidade de evoluir. E por vezes a escola parece tirar-nos isso, parece que em vez de nos desafiar a ir mais além, a ser criativo e a encontrar novas formas de evoluir, nos força a encaixar num modelo idealizado. É por isso mesmo que mais do que estudantes temos de ser alunos. Alunos da vida, das circunstâncias e dos erros.

Qual a diferença? A diferença é que uns limitam-se a estudar e quando estão cansados de o fazer, descansam com grandes (ou pequenos) ecrãs iluminados que nada mais fazem do que entreter e consumir. Já os outros dedicam-se a descobrir quem são, a colecionar experiências, a aprender o passado e a criar um futuro. Não só estudam, como treinam porque sabem que exercitar o corpo melhora também o cérebro e até o humor. Não só estudam, como procuram saber, não se limitam ao que os professores lecionam, mas exploram novas áreas, novas possibilidades. Não só estudam, como trabalham porque o que de melhor pode haver para um dia arranjar um emprego dos sonhos do que saber o valor do trabalho? Do que ter experiências noutras áreas? Enquanto um estudante está dependente da família, um aluno já está quase pronto para ter a sua casa e a sua vida. Um estudante conforma-se com o que lhe dizem, um aluno contesta tudo, mesmo o que ele próprio diz e pensa.

Mas então… a escola não é importante? Vou deixar de ir. Calma, não é por a escola não ser o mais importante que deixa de ter a sua importância. A escola pode ensinar-nos muito, mas também temos de saber impor os nossos limites, como em tudo na vida.

É importante ser um aluno dedicado, mas temos de ser assim com tudo que nos surge na vida e quando não nos surgir, temos de saber procurar. Não nos podemos conformar, nem nos deixar reduzir pela opinião de um professor. Não podemos limitar o nosso conhecimento a disciplinas e aprendizagens “essenciais” que de essencial à vida não têm nada. Não podemos desistir com os erros e não podemos esperar que o futuro se construa sozinho. Não, não basta a escola porque a vida ensina-nos muito mais do que isso. E não, também não, pessoas não se avaliam com números, são muito mais do que notas, são fruto das circunstâncias e da vida, fruto daquilo que decidem descobrir e dos erros que vão cometendo. São um conjunto de ações, pensamentos e lições.

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