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Donald Trump venceu as eleições com uma diferença bastante superior ao que apontavam as principais sondagens. O novo presidente toma posse apenas no dia 20 de janeiro, mas já é possível perceber o impacto da sua eleição nos mercados financeiros.

Durante a campanha, Trump deu ênfase e demonstrou um grande apoio ao mercado das criptomoedas, principalmente à Bitcoin, abrindo, inclusive, a possibilidade de pagar parte da dívida americana com ela. Muitos podem desvalorizar esta posição do novo presidente, mas ela teve um papel-chave na sua eleição. Hoje, milhões de americanos já investem em criptoativos, grande parte deles homens até aos 35 anos.

Contra todas as expectativas, Trump cresceu no eleitorado mais jovem, dos 18 aos 30 anos, tendo passado de 36% para 42%, comparativamente à eleição de 2020. É de extrema importância percebermos que, só no dia posterior à sua eleição, foram ganhos mais de 1 trilião de dólares nos mercados, tendo a Bitcoin, como referido em cima, um papel preponderante, com uma valorização que superou os 15%.

A previsão dos especialistas é que, nos próximos meses, o mercado continue a subir. Todos os fatores estão reunidos para que isso aconteça. O interessante é percebermos como serão os próximos quatro anos de governo, mas isso, infelizmente, já ninguém consegue prever. Caso as políticas e medidas do candidato avancem, podemos esperar uma aceleração da economia interna americana, devido à ideia de protecionismo a curto e médio prazo e à grande redução de impostos para as empresas.

No entanto, como é óbvio, nem tudo é positivo. Os mercados estrangeiros como o europeu, o brasileiro e o chinês, que têm uma enorme importância, devem sofrer bastante com o protecionismo que Trump tanto defendeu.

Vamos ver uns Estados Unidos bastante mais fechados ao mercado internacional como um todo, o que é curioso porque, na teoria, o partido republicano e Trump são bem mais chegados à direita económica do que a oposição. Esta posição tão exótica dos mesmos é uma consequência direta do crescimento económico desenfreado da China devido à concorrência desleal que tem acontecido na última década. O protecionismo em si já foi comprovado como algo negativo para a economia de um país, mas a implementação do mesmo pode fazer sentido a curto e médio prazo – neste caso em específico, para tentar travar a China na corrida de ser a maior potência económica global.

Tudo leva a crer que o segundo mandato de Trump será benéfico para a economia americana. O seu grande e verdadeiro desafio é, como vimos, manter o domínio americano e impedir a todo o custo a ascensão chinesa. Esperamos mesmo que JD Vance, o vice-presidente eleito, tenha razão quando disse: “vamos revolucionar a economia americana”.

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