Afinal, quem foram os vencedores e os derrotados das eleições europeias?

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Duas semanas após a noite das eleições europeias, é altura de fazermos um balanço dos resultados obtidos em Portugal, mas também nos restantes países europeus. Na noite eleitoral vi e ouvi em vários órgãos de comunicação social comentadores sérios, outros menos sérios e não podiam faltar aqueles subservientes do sistema que a única coisa que fazem é iludir os portugueses e vomitarem ódio.

Numa análise global e segundo a maioria dos intervenientes nos painéis de comentadores, a Iniciativa Liberal foi o grande vencedor da noite e o CHEGA foi o grande derrotado! Mas será que é mesmo assim?

Na minha modesta opinião os grandes derrotados da noite foram o PAN, que perdeu o único eurodeputado que tinha e assim desaparece do Parlamento Europeu; a CDU (PCP-PEV) e o Bloco de Esquerda (BE), que também perdem um eurodeputado cada e ficam reduzidos a um único assento parlamentar; a Aliança Democrática (AD) que, apesar de ser o partido do governo, não consegue melhor do que manter o número de eurodeputados eleitos em 2019, no conjunto dos partidos que compõem atualmente esta aliança; e o Partido Socialista (PS) que, embora tenha vencido estas eleições, perde um eurodeputado. Para mim, estes são os derrotados da noite.

A Iniciativa Liberal e o CHEGA entram pela primeira vez no Parlamento Europeu com a eleição de dois eurodeputados cada. Sei que custa a alguns admitirem este resultado, refugiando-se e comparando com os resultados das últimas legislativas, mas, para mim, estes dois partidos são os vencedores da noite!

No panorama europeu assistimos a um crescimento dos partidos de direita, com a ala conservadora a ficar mais reforçada e com uma derrota estrondosa dos liberais, que perdem vinte e três mandatos, e dos Verdes, que perdem dezoito mandatos, graças aos resultados obtidos em França e na Alemanha, respetivamente.

Os cidadãos europeus fizeram a sua escolha e esperam uma mudança de paradigma nas políticas europeias levadas a cabo ao longo dos últimos cinco anos, nomeadamente nas políticas de imigração, na agricultura, nas pescas e na habitação. É chegada a altura de colocarmos novamente a Europa no rumo certo!

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